O que é displasia coxofemoral e quais os sintomas

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A displasia coxofemoral é uma patologia de caráter hereditário que se caracteriza por um encaixe inadequado entre a cabeça do fêmur e o acetábulo (parte do osso da bacia). Acomete geralmente cães de porte grande e gigante.

Os principais sintomas são dor ao caminhar levando à claudicação (o animal manca), dificuldade para levantar e sentar, diminuição da disposição para exercícios e algumas vezes gemidos. No exame clínico observa-se uma manifestação dolorosa à palpação e à realização de movimentos e pode haver também crepitações durante a manipulação da articulação afetada.

Alguns fatores podem contribuir para o agravamento do quadro clínico como por exemplo o sobrepeso ou obesidade, a utilização de pisos lisos e escorregadios, a falta de exercícios físicos e a castração muito precoce.

O diagnóstico definitivo é feito através de radiografia realizada a partir de 2 anos de idade. No entanto, se o animal apresentar sintomas antes disso deve ser levado ao veterinário para avaliação ortopédica e posterior radiografia, já que em quadros mais graves o diagnóstico pode ser feito com poucos meses de idade. Entretanto, no caso de um laudo negativo, o exame necessita ser repetido com 24 meses de idade ou mais para um parecer definitivo. Indica-se que a radiografia seja realizada com o animal sedado e que o laudo seja oficial, ou seja, assinado por um radiologista da Associação Brasileira de Radiologia.

O tratamento muitas vezes é cirúrgico. A técnica a ser utilizada (ressecção de colo e cabeça do fêmur, denervação, prótese) vai ser definida de acordo com o caso pelo ortopedista veterinário.

Outras vezes o animal não pode ser operado ( devido à idade, ao seu estado geral ou a um quadro muito avançado por exemplo).  Nestes casos deve- se controlar o peso, corrigir o piso, promover atividades físicas moderadas e fazer uso de terapias como a fisioterapia (de preferência a hidroterapia), a acupuntura, a fitoterapia, os condroprotetores, a ozonioterapia, o implante de células-tronco, entre outros. Muitas dessas medidas também podem ser benéficas no pós–operatório.

O melhor tratamento é definido de acordo com cada quadro, levando em conta tanto a gravidade das alterações quanto a idade e estado clínico geral do animal.

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Ana Paula Vieira da Costa
CRM CRMV-SP 6393

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