Kit VacciCheck para titulação de anticorpos contra cinomose, hepatite infecciosa canina e parvovirose – Por Dra. Sylvia Angelico

P1252448-768x1024

Reforços vacinais arbitrários são coisa do passado. Adote um protocolo vacinal atualizado e ético para seu pet com a ajuda de exames de titulação de anticorpos.

Há mais de uma década a literatura científica como um todo vem insistindo que as vacinas mais importantes são capazes de proteger o cão por muito mais que um ano. Uma vacina importada contra cinomose, por exemplo, confere proteção por até cinco anos, até nove anos ou por até toda a vida do cão – dependendo do estudo que você ler. Divergências à parte, o consenso é claro: vacinas contra agentes virais como a cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa barram infecções por no mínimo três anos.

Essa mudança de paradigmas tornou a velha prática de vacinar todo cachorro com todas as vacinas que existem todos os anos uma conduta cientificamente ultrapassada e antiética. E pior: desnecessariamente arriscada.

Sim, a vacinação é uma importante medida preventiva – isso não está em discussão – mas não tem nada de inofensiva. Toda aplicação tem o potencial de causar reações adversas que vão do comum mal estar passageiro a problemas mais sérios, como convulsões, doenças autoimunes, alergias e até tumores.

P1252462-1024x768
Dra. Ana Paula Mello Leite (clínica geral e acupunturista) e Dra. Ana Paula Vieira da Costa (acupunturista e fisioterapeuta) contendo e colhendo sangue da Maya.

Diante dessas informações, muita gente passou a espaçar mais os reforços vacinais, mas sem saber efetivamente se seu cachorro permanecia mesmo protegido. Para tirar essa dúvida, entram em cena exames como o kit VacciCheck. Agora você pode verificar objetivamente se a última vacina que seu cão recebeu continua conferindo proteção contra as sérias doenças citadas no título deste post. Quando ainda há anticorpos circulando no sangue em quantidade suficiente, um reforço da vacina não é necessário.

Para ser justa, já faz algum tempo que é possível titular anticorpos vacinais para cães no Brasil. Em 2011, publiquei um post detalhando a experiência de titular os anticorpos do nosso Pastor de Shetland, Oliver. O método disponível no país então era a imunocromatografia e o laboratório mineiro TECSA  oferecia a titulação para cinomose e parvovirose.

Pouco tempo depois, eu soube que o laboratório PROVET em São Paulo oferecia o serviço usando uma metodologia ainda mais precisa, porém mais cara e demorada. A amostra de sangue viajava até Nova York, onde era testada na prestigiosa Universidade de Cornell, e o laudo com o resultado do exame retornava ao Brasil em um prazo de até 45 dias.

De 2011 ao final de 2013, brasileiros interessados em reduzir o número de aplicações desnecessárias em seus cães procuravam um desses dois laboratórios. Até que, no final do ano passado, um cliente me informou que um dos kits de titulação de anticorpos mais modernos e recomendados por experts em imunologia pet, finalmente chegara ao Brasil: o VacciCheck, fabricado pela companhia israelense Biogal e importado pela empresa curitibana VP Diagnóstico.

P1252455-1024x768

Um esquema de cores revela o status vacinal do paciente.

O novo kit aliviou alguns inconvenientes dos métodos até então disponíveis aqui. Os resultados podem sair no mesmo dia (nada de esperar mais de um mês pelo laudo), são verificados anticorpos contra uma terceira doença – a hepatite infecciosa canina – e a realização do exame dispensa totalmente equipamentos de laboratório. Em resumo: o veterinário que adquire o kit realiza o exame no seu próprio consultório!

Em janeiro, a MOM, pet shop holística onde atendo, adquiriu os kits e tive a oportunidade de testá-lo na nossa turma canina. Conto tudo abaixo, acompanhe.

Nossos cães e seus status vacinais

Oliver
Oliver

Oliver: sem vacinas múltiplas desde 2009

Pastor de Shetland nascido em 2001, recebeu vacina múltipla (V8) anualmente até os 6 anos de idade, época em que tive conhecimento das novas diretrizes vacinais e passei a questionar a conduta vigente no nosso país. Em 2011, quando estava há 3 anos sem receber vacinas, mas continuava a frequentar ruas e parques normalmente, submeti o Oliver ao exame de titulação de anticorpos do laboratório TECSA contra cinomose e parvovirose. Os resultados mostraram que mesmo sem tomar vacina V8 ou V10 há três anos ele continuava protegido contra cinomose e parvovirose.

Em dezembro de 2013, descobrimos por acaso que o Oliver apresenta um nódulo no pulmão, possivelmente um tumor maligno do tipo carcinoma. Ele está bem, brinca, corre e se alimenta normalmente, mas muitos imunologistas contraindicam reforços vacinais desnecessários para casos como o dele, sob pena de baixar a imunidade e dar espaço para o tumor crescer e se espalhar. Mais motivo ainda para repetir o exame de titulação de anticorpos e verificar a quantas anda a proteção desse peludo contra doenças sérias.

Esses foram os resultados do exame VacciCheck do Oliver:

Parvovirose: graduação S 5 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal)
Cinomose: S 5 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal)
Hepatite Infecciosa Canina: S 4 (nível suficiente de anticorpos para garantir proteção, não sendo necessário o reforço vacinal)
E isso sem receber vacina múltipla (V8 ou V10) desde 2009!

Corah: tomou somente vacinas múltiplas quando filhote

Corah

Golden Retriever nascida em 2009, recebeu uma dose de vacina V2 (parvovirose + cinomose) aos 60 dias, uma V6 aos 90 dias e uma V8 aos 120 dias de idade. Nunca mais tomou nenhuma dose de vacina múltipla. Frequenta praças, parques e a rua normalmente. Nunca ficou doente.

Os resultados dela foram:

• Parvovirose: graduação S6 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal)

• Cinomose: S5 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal)

• Hepatite Infecciosa Canina: S6 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal)

E isso tudo apenas com as vacinas que ela tomou quando filhote!

Polly

Polly: sem vacinas múltiplas desde 2011

Resgatada em 2011 pelas protetoras do Projeto Segunda Chance, nossa Polly sofria de sarna demodécica (a “sarna negra”) em estágio avançado – clique aqui pra ler a história da Polly. Estimamos que tenha nascido em 2009. Depois de um bem-sucedido tratamento, ela foi castrada e tomou uma V10 importada e vacina antirrábica. Desde então, não recebeu nenhuma vacina múltipla e frequenta praças, parques e a rua normalmente.

Os resultados dessa pretinha foram os seguintes: • Parvovirose: graduação S6 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal) • Cinomose: S6 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal) • Hepatite Infecciosa Canina: S6 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal)

Dentre nossos quatro cães, Polly demonstrou os mais elevados níveis de anticorpos. Tendo vivido na rua, onde com certeza esteve em contato intenso e frequente com cães portadores dos vírus da cinomose e parvovirose, ela muito provavelmente tornou-se imune a essas doenças.

Maya
Maya

Maya: sem vacinas múltiplas desde 2009

Dachshund Pelo Longo nascida em 2004, foi vacinada com V8 anualmente até os 4 anos de idade. Frequenta parques e a rua normalmente e, com exceção de uma gripe que rapidamente passou sozinha, nunca ficou doente.

Os resultados dela foram:

Parvovirose: graduação S4 (nível suficiente de anticorpos para garantir proteção, não sendo necessário o reforço vacinal)
Cinomose: S 0 (baixo nível de anticorpos, sendo recomendado o reforço vacinal)
Hepatite Infecciosa Canina: S6 (altíssimo nível de anticorpos, não sendo necessário o reforço vacinal)
Como o teste não conseguiu detectar um nível adequado de anticorpos contra cinomose, Maya recebeu logo em seguida um reforço da vacina V2 (também conhecida como “Puppy”), que protege contra cinomose e parvovirose. Infelizmente, não temos ainda no Brasil uma vacina importada que proteja exclusivamente contra cinomose e por esse motivo ela recebeu a V2, mesmo estando protegida contra parvovirose.

Vamos às dúvidas mais frequentes sobre o exame de titulação de anticorpos

O que exatamente quer dizer “titulação de anticorpos”?

Titular anticorpos é determinar a concentração de anticorpos do tipo IgG, específicos contra uma determinada doença – a cinomose, por exemplo, no sangue de um cão. O método empregado pelo kit VacchiCheck chama-se ELISA modificado. A presença de anticorpos em nível suficiente pode ser interpretada como imunidade contra essa doença.

P1252469-1024x768

Colhendo sangue da Polly.

Que resultados o exame pode dar?

O teste pode dar três tipos de resultados, baseados em uma graduação que vai de S0 a S6. S0 a S2 sinalizam um baixo nível de anticorpos detectáveis na corrente sanguínea e, por esse motivo, recomenda-se aplicar o reforço da vacina. S3 a S4 sinalizam anticorpos em níveis adequados para garantirem proteção, e, sendo assim, o reforço desta vacina não é necessário. S5 e S6 sinalizam presença de anticorpos em níveis altíssimos e, sendo assim, o reforço desta vacina não é necessário.

Em outras palavras, S0 a S2 podem ser considerados resultados negativos e S3 a S6 podem ser interpretados como resultados positivos. Um exame positivo significa que o animal já entrou em contato com o agente causador da doença, seja por meio da vacinação ou contato com o vírus no ambiente – e está protegido.

Uma curiosidade: cães que sobreviveram a uma infecção por cinomose, parvovirose ou hepatite infecciosa canina se tornam naturalmente imunes à doença em questão por toda a vida.

Quais são as doenças testadas no exame?

O kit VacciCheck verifica a presença de anticorpos IgG contra três importantes doenças virais caninas: cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina.

P1252471-1024x768

 

É a vez do Oliver.

Tem como verificar anticorpos contra raiva, leptospirose, gripe canina e outras doenças contra as quais existem vacinas?

A criação da titulação de anticorpos para uma determinada doença precisa atender a três requisitos:

O contato com o agente infeccioso – seja pela vacinação ou por infecção natural – deve resultar em produção de anticorpos que o exame consiga detectar. Enquanto doenças causadas por vírus, caso da cinomose, raiva, parvovirose e hepatite infecciosa, induzem a produção de grandes quantidades de anticorpos do tipo IgG facilmente mensuráveis pelo exame, doenças provocadas por bactérias, como a leptospirose; e doenças ocasionadas por protozoários, como a leishmaniose e giardíase, não produzem anticorpos da mesma forma.
Para justificar a necessidade de revacinação e, consequentemente, de titulação, a doença precisa ser séria. Todo mundo sabe que com parvovirose e cinomose não dá pra brincar. Todos os anos essas viroses peso-pesados matam milhares de filhotes mal imunizados e os sobreviventes ficam sequelados para toda a vida. Mas há doenças muito menos ameaçadoras, como a traquebronquite infecciosa canina (a tosse dos canis ou gripe canina), que costumam sarar sozinhas depois de uma ou duas semanas, sem maiores problemas. Para doenças brandas não existe exame de titulação de anticorpos.

A vacina precisa ser eficaz e conferir proteção duradoura. Uma vacina importada contra cinomose, se aplicada em um cão adulto, tem chance de protegê-lo por até 9 anos ou mais, de acordo com pesquisas recentes. Em contrapartida, a vacina contra leptospirose comprovadamente não protege o pet por mais de um ano. Para vacinas de proteção curta, não vale a pena fazer o exame de titulação de anticorpos vacinais. Se o cão de fato corre risco de contrair essa doença, vale mais a pena vaciná-lo anualmente.
Vejamos o caso de cada uma das outras doenças para as quais temos vacinas.

Coronavirose (presente nas vacinas V6, V8 e V10) – provoca uma infecção intestinal leve em filhotes de cães de até 2 meses de vida. Simplesmente não é necessário existir exame de titulação de anticorpos contra essa doença. Nem mesmo a existência de uma vacina contra ela é justificável uma vez que a idade ideal para se iniciar a vacinação de filhotes de cães coincide justamente com o final do período de risco de infeção dessa doença.
Leptospirose (presente nas vacinas V8, V10 e na vacina que protege exclusivamente contra lepto) – é a doença causada por uma bactéria presente na urina do rato e roedores silvestres. Quando existe um risco importante de exposição a essa bactéria, se indica vacinar o cão a cada 6 ou 12 meses, porque um ano parece ser o tempo máximo de proteção que a vacina confere. Esse motivo, por si só, tornaria desnecessário existir titulação de anticorpos contra lepto. Mas há outro: a doença é causada por uma bactéria e não por um vírus. Como vimos anteriormente, infecções por bactérias produzem menos anticorpos detectáveis.
Leishmaniose visceral canina (vacina aplicada à parte) – se o cão mora em uma área endêmica desta doença, ele corre risco de se infectar. Sendo assim, é indicada a vacinação. Da mesma forma como acontece com a vacina contra leptospirose, a vacina contra leishmaniose não confere proteção superior a um ano, sendo recomendado o reforço anual. E os anticorpos contra o protozoário causador da leish são difíceis de flagrar no sangue.
Parainfluenza (presente nas vacinas V6, V8 e V10 e também na vacina contra tosse dos canis) – trata-se de uma gripe de bom prognóstico, que passa sozinha dentro de uma semana na maioria das vezes. Pesquisas indicam que a vacinação contra esse vírus mantém o pet protegido por 3 anos ou mais. Não existe exame de titulação de anticorpos para doenças brandas contra as quais existem vacinas eficazes.
Adenovirose tipo II (presente nas vacinas V6, V8 e V10) – outra gripe de bom prognóstico, que passa sozinha dentro de uma semana na maioria das vezes. Pesquisas indicam que a vacinação contra esse vírus mantém o pet protegido por 3 anos ou mais. Em geral, não existe exame de titulação de anticorpos para doenças brandas para as quais existem vacinas eficazes.
“Tosse dos Canis” (vacina específica contra essa doença) – também conhecida como traqueobronquite infecciosa canina, geralmente é causada por uma bactéria, a Bordetella bronchiseptica. Vacinas contra bactérias costumam proteger por até um ano. Por esse motivo, se indica vacinar o peludo anualmente se ele tiver histórico de doenças respiratórias (bronquite, pneumonia) ou se frequenta ambientes densamente populados por outros cães, como creches, exposições, hotéis e abrigos. Não é fácil mensurar anticorpos de doenças bacterianas e essa vacina protege por pouco tempo. Por todos esses motivos, não existe titulação de anticorpos contra essa doença.
Giardíase – é atualmente considerada não-recomendada pelos pesquisadores por sua baixa eficácia preventiva, pela curta duração de proteção de no máximo 1 ano e porque a doença tem bom prognóstico e tratamento eficaz.
Raiva – a vacina antirrábica protege por no mínimo 3 anos e já existe no Brasil o exame de titulação de anticorpos contra raiva. Infelizmente, o laudo desse exame só é aceito para despachar o cão para outros países, não vale por aqui. Nossa legislação municipal ainda não se atualizou e continua exigindo o reforço anual contra essa doença. Assim sendo, para nós brasileiros, ainda não vale muito a pena fazer o exame de titulação de anticorpos contra essa doença.

P1252482-1024x768

Processando o exame.

Um resultado negativo significa que meu cão está desprotegido? Nesse caso, como proceder?

Não necessariamente. Um resultado negativo indica apenas que não há quantidades detectáveis de anticorpos circulando no sangue do cão no momento da coleta. Mas não é o mesmo que dizer que ele está desprotegido. Vamos entender direitinho a diferença.

Quem “fabrica” os anticorpos são as chamadas “células de memória”. Graças à vacinação – ou infecção natural – essas células aprendem a fabricar anticorpos específicos e o fazem sempre que o agente infeccioso em questão infecta o organismo, evitando assim que a invasão resulte en doença. Essas células retêm essa memória e se dividem lentamente por toda a vida do animal mantendo vivo o segredo de como combater diversas doenças. Só que eventualmente esses anticorpos produzidos “expiram”, somem da circulação. E só voltam a circular se o corpo for novamente invadido por aquele microorganismo e o sistema imunológico “encomendar” junto às células de memória a liberação de novos anticorpos no sangue.

Ou seja, pode ser que na verdade a Maya, nossa “salsichinha” que tomou um reforço da vacina por apresentar contagem insuficiente de anticorpos contra cinomose, estivesse tão protegida quanto nossos outros cães. Pode ser que, ao entrar em contato com o vírus da cinomose em um parque, as células de memória dela se pusessem a trabalhar normalmente produzindo grandes volumes de anticorpos detectáveis pelo exame. Mas, pode ser também que ela realmente estivesse vulnerável à infecção, que suas células de memória tivessem morrido ou desaprendido a fabricar anticorpos.

P1252483-1024x768

Ninguém quer brincar de roleta russa com a cinomose, não é mesmo? Como ainda não existe maneira de verificar a população de células de memória em cães, nem maneira de medir a capacidade delas de produzir novos anticorpos mediante necessidade, Maya recebeu um reforço da vacina. Que é o que em geral se indica fazer com cães com titulação negativa, a não ser que haja um bom motivo médico para não fazê-lo.

Para sabermos de fato se o reforço “pegou”, recomenda-se realizar um novo exame de titulação de anticorpos 2 semanas depois, usando o kit VacciCheck ou outra metodologia, como os exames dos laboratórios Provet ou TECSA.

Que vacina devo aplicar se a titulação der negativa apenas para cinomose, parvovirose ou hepatite?

No caso de um resultado negativo para cinomose e/ou parvovirose, sugiro uma dose de vacina V2 (que protege contra cinomose e parvo) ou V6. A V2 (ou “Puppy”) é a “menor” vacina que temos (com menor número de antígenos) – ainda não há aqui vacinas importadas que protegem só contra cinomose ou só contra parvovirose. Em caso de resultado negativo para hepatite infecciosa canina, recomendo conversar com o veterinário clínico-geral de sua confiança. Essa virose é relativamente rara em nosso país, sendo mais prevalente na América do Norte, onde é transmitida pelo contato com canídeos selvagens. Como não existe ainda uma vacina que protege exclusivamente contra hepatite infecciosa canina e tampouco uma “V3”, acabo indicando a V6 ou a V8. (Obs: a diferença entre a V6 e a V8 é que a primeira não protege contra leptospirose.)

Quanto custa o exame?

O exame de titulação de anticorpos contra cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina na MOM custa R$150,00 e inclui a entrevista com a Dra. Ana Paula Mello Leite, veterinária acupunturista e clínica-geral que pratica protocolos vacinais atualizados, éticos e sob medida para a realidade de cada paciente.

Como é realizado o exame?

O interessado que morar em São Paulo pode ligar aqui na MOM (11 3842-4258) e agendar uma consulta com a Dra. Ana Paula para titulação de anticorpos. O animal é trazido aqui – não precisa estar em jejum – e é colhido 1mL de sangue. A Dra. Ana Paula processa a amostra e dentro de até uma semana, envia por email um laudo assinado e carimbado informando o resultado do exame e como proceder.

Por que é mais vantajoso fazer a titulação do que vacinar?

Porque a vacinação não é uma medida inócua. Dentro da vacina estão substâncias estranhas ao organismo, como alumínio, derivados de mercúrio, corantes, conservantes, tecido fetal bovino e, claro, microorganismos. Embora na maioria das vezes a vacinação seja bem tolerada, em alguns casos ela pode ser o estopim para inflamação renal, alergias, reações anafiláticas, convulsões, doenças autoimunes e até câncer. O exame de titulação de anticorpos permite reduzir com segurança o número de aplicações desnecessárias e expor o pet a um menor risco de reações adversas.

A titulação de anticorpos também permite identificar indivíduos geneticamente incapazes de responder a vacinas. A literatura científica diz que 1 em cada 1.000 cães não produz anticorpos quando recebe vacina, independentemente da qualidade da vacina e de quão bem foi aplicada. É por isso que todo mundo já ouviu falar de um cão que contraiu cinomose ou parvovirose mesmo tendo sido adequadamente vacinado.

A partir de duas semanas depois da última dose de vacina múltipla, um filhote pode ser submetido ao exame. Em caso de resultado negativo para alguma das doenças testadas, o cãozinho deverá receber o reforço correspondente. E, dentro de duas semanas, deverá ser titulado novamente pra ver se a vacina “pegou”. Houve um resultado positivo? Ótimo, o filhote está devidamente protegido e pronto pro que der e vier.

Um segundo resultado negativo pode sinalizar incapacidade genética de responder à vacina. Nesse caso, frequentar parques e praças está fora de cogitação, pois o risco do cãozinho acabar contraindo a doença nesses locais super contaminados é enorme.

Sem o exame de titulação de anticorpos não há como saber, efetivamente, se a vacina resultou em imunização.

A partir de que idade meu cão pode passar pelo exame?

Se ele for filhote, pode ser testado a partir de 2 semanas da última dose de vacina múltipla (V8, V10 ou V6), que geralmente acontece por volta dos 3 meses e meio ou 4 meses de vida. Se for adulto, pode ser testado a qualquer momento. Uma hora oportuna para realizar o teste é na data programada para o próximo reforço vacinal. Assim você descobre se ele realmente precisa tomar outra vacina.

Onde posso realizar este exame?

Entre em contato com a empresa curitibana VP Diagnóstico, responsável pela importação e distribuição dos kits no Brasil, para saber qual é a clínica ou centro de diagnóstico que disponibiliza esse serviço perto de você. Sabemos que no Rio de Janeiro, o laboratório Genesi oferece o teste de titulação usando os kits VacciCheck.

Aqui na MOM, em São Paulo, a Dra. Ana Paula Mello Leite realiza o exame.

É importante frisar que a titulação de anticorpos é um procedimento veterinário. Somente um médico veterinário pode adquirir os kits, processá-los, interpretar os resultados com base no histórico vacinal e estilo de vida do paciente, redigir, carimbar e assinar o laudo atestando o resultado.

Se na sua cidade ainda não existe esse serviço, converse com o veterinário da sua confiança ou com o responsável pelo laboratório veterinário que você utiliza para que eles adquiram o kit e disponibilizem o exame.

Com que frequência devo repeti-lo?

A literatura científica em peso informa que títulos positivos em cães saudáveis são sinônimo de proteção por 9 anos até toda a vida do animal em mais de 90% dos casos. O fabricante do kit, contudo, sugere repetir o exame na frequência com que é indicado o reforço vacinal no país. No caso do Brasil, anualmente.

Pessoalmente, parece-me que fazer o teste a cada dois ou três anos seria um meio-termo seguro e razoável. Entretanto, tutores mais receosos se sentem mais seguros titulando o pet anualmente. Outros ficam tranquilos com um único resultado positivo, porque é sinal de que células de memória, as fabriquinhas de anticorpos, foram criadas. Vai de pessoa para pessoa.

De acordo com inúmeros estudos, os títulos permanecem mais ou menos estáveis por toda a vida do animal. Eles podem cair em situações extremas de problemas de saúde, como câncer e outras doenças que afetam diretamente o sistema imunológico. (No nosso Oliver, contudo, os títulos permaneceram altos, mesmo na presença de um câncer de pulmão.)

P1252492-1024x768
O exame indicou que Maya não estava adequadamente protegida contra cinomose. Por isso, essa baixinha recebeu uma dose de vacina V2.

Hotéis e creches para cães aceitam esse exame no lugar do reforço vacinal?

Se não aceitam, na minha opinião, deveriam, porque o exame de titulação de anticorpos é um documento assinado por um veterinário e comprova factualmente que aquele cão se encontra não apenas vacinado, mas imunizado. Verdadeiramente protegido. Essa é uma garantia que a mera apresentação da carteirinha de vacinas não oferece. Conheço algumas creches e hotéis em São Paulo que já estão aceitando e até incentivando o exame de titulação de anticorpos em lugar do reforço da V8 ou V10.

Existe esse exame para doenças virais em gatos?

Sim, há um kit VacciCheck que testa simultaneamente anticorpos vacinais contra três doenças: herpesvírus, calicivírus e panleucopenia felina. O kit também é importado e distribuído pela empresa VP Diagnóstico. Contudo, estudiosos em Imunologia de pets, como o Dr. Ronald Schultz, Ph.D, defendem que somente o teste contra panleucopenia é confiável. Os demais testes – contra herpesvírus e calicivírus – apresentam acurácia mediana. Por esse motivo, não dispomos desse kit na MOM.
Dra. Sylvia Angelico – CRMV-SP 29943

Dra. Ana Paula e Maya

E, com vocês, as referências científicas!

Artigo publicado na revista científica Clínica Veterinária (de abril de 2012) que escrevi junto com César Dinóla, veterinário Doutor em Microbiologia.

Material técnico sobre o kit VacciCheck

Artigos do site/blog Cachorro Verde:

Afinal, com tantos produtos no mercado, que vacinas devo realmente aplicar no meu cão?
Exame de titulação de anticorpos vacinais do laboratório TECSA – nós testamos!
Vacinação: o Principio de Tudo (1a parte de uma entrevista que concedi ao Canina Blog)
Vacinas: questão de saúde ou falta de informação? (2a parte da entrevista concedida ao Canina Blog)
Vacinação canina: o perigo do excesso (3a e última parte da entrevista concedida ao Canina Blog)
Seu pet é vacinado em excesso? Veja os riscos a que ele está sujeito. Tradução de um artigo científico escrito pela veterinária Dra. Jean Dodds. (Observação: para ler esse artigo, desça toda a página).
“Quanto $$$ você está jogando fora com vacinas para pets?” Tradução de artigo da veterinária holística Dra. Karen Becker.

TIZARD, I.; R; SCHUBOT, R. M. Imunologia Veterinária: uma introdução. 8 ed. Rio de Janeiro: Saunders Elsevier, 2008, p. 267-276; 279-294.
SCHULTZ R.D.; FORD, R. B.; OLSEN J.; SCOTT F. Titer testing and vaccination: a new look at traditional practices. Vet Med, v. 97, p. 1-13, 2002
DODDS, J. W. Changing Vaccine Protocols. 2002. Disponível em: <http://www.canine-epilepsy-guardian-angels.com/chang_vac.htm>. Acesso em: 02 out. 2010.
HORZINEK, M. C. Vaccine use and disease prevalence in dogs and cats. Veterinary Microbiology, v. 117, p. 2-8, 2006.
MOORE, G. E; HOGENESCH, H. Adverse vaccinal events in dogs and cats. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 40, p.393-407, 2010.
DAY, M.J; HORZINEK, M.C.; SCHULTZ, R.D. Guidelines for the vaccination of dogs and cats. Journal of Small Animal Practice. v. 51, p. 1-30, 2010.
WOLF, A. M.; Canine and feline vaccination: protocols, products, and problems. In: 110th Penn Annual Conference, 2010, Philadelphia, Pennsylvannia, p. 16-23.
AMERICAN ANIMAL HOSPITAL ASSOCIATION. 2006 AAHA Canine Vaccine Guidelines, Revised. Disponível em: <http://www.aahanet.org/publicdocuments/vaccineguidelines06revised.pdf > Acesso em: 12 mar. 2011.
MOUZIN, D. E.; LORENZEN, M. J.; HAWORTH, J. D.; KING, V. L. Duration of serologic response to five viral antigens in dogs.Journal of American Veterinary Medical Association, v. 224, n. 1, p. 55-60, 2004.
NELSON, R. W; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p.1304 -1310.
ABDELMAGID, O. Y.; LARSON, L.; PAYNE, L.; TUBBS, A.; WASMOEN, T.; SCHULTZ, R. Evaluation of the efficacy and duration of immunity of a canine combination vaccine against virulent parvovirus, infectious canine hepatitis virus, and distemper virus experimental challenges. Veterinary  Therapeutics, v. 5, n. 3, p. 173-186, 2004.
TWARK, L.; DODDS, J. Clinical use of serum parvovirus and distemper virus antibody titers for determining revaccination strategies in healthy dogs. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 217, n. 7, p.1021-1024, 2001.
MOORE, G. E.; GUPTILL, L. F.;  WARD, M. P.; GLICKMAN, N. W.; FAUNT, K. K.; LEWIS, H. B.; GLICKMAN, L. T. Adverse Events Diagnosed Within Thee Days of Vaccine Administration in Dogs. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 227, n. 7, p. 1102-1108, 2005.
COYNE, M. J. ; BURR, H. H.; YULE, T. D.; HARDING, M. J.; TRESNAN, D. B.; MCGAVIN, D. Duration of immunity in dogs after vaccination or naturally acquired infection. The Veterinary Record,v. 149, p. 509-515, 2001.
BÖHM, M.; THOMPSOM, H.; WEIR, A.; HASTED, A. M.; MAXWELL, N. S. HERRTAGE, M. E. Serum antibody titres to canine parvovirus, adenovirus and distemper virus in dogs in the UK which had not been vaccinated for at least three years. The Veterinary Record, v. 154, p. 457-462, 2004.
HARRUS, S.; WANER, T.; AIZEMBERG, I.; SAFRA, A.; MOSENCO, M.; RADOSHITSKY; BARK, H. Development of hypertrophic osteodystrophy and antibody response in a litter of vaccinated weimaraner puppies. Journal of Small Animal Practice,2002, v. 43, 27-31.
WANER, T.; MAZAR, S.; KEREN-KORNBLATT, E. Application of a dot enzyme-linked immunosorbent assay for evaluation of the immune status to canine parvovirus and distemper virus in adult dogs before revaccination.  Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, v 18, 2006, p. 267-270.
MARUYAMA, M.; LAM, K.; RAJEWSKY, K. Memory b-cell persistence is independent of persisting immunizing antigen. Nature, v. 407, p. 636 a 642. 2000.
DERBYSHIRE, J. B.; MATTHEWS, K. A. Rabies antibody titres in vaccinated dogs. Canadian Veterinary Journal, v. 25, p. 383-385, 1984.
SCHULTZ, D. R. An update on what everyone needs to know about canine and feline vaccination programs.Proceedings of the 2008 annual conference of the American Holistic Veterinary Medical Association. Disponível em: <http://www.kanabvet.com/articles/Schultz_Vaccinations.pdf> Acesso em: 23 de out. 2010. 13:14:10.p. 333 a 344.
HORZINEK, M. C.; THIRY, E. Vaccines and vaccination: the principles and the polemics. Journal of Feline Medicine and Surgery. v. 11. p. 530-537, 2009.
ROTH, J. Adjuvants in Veterinary Vaccines: Modes of Action to Enhance the Immune Response & Potential Adverse Effects. 2003 Disponível em: <http://veterinarynews.dvm360.com/dvm/data/articlestandard//dvm/482003/77546/article.pdf>. Acesso em: 17 out. 2010.
SPICKLER, A. R.; ROTH, J. A. Adjuvants in veterinary vaccines: modes of action and adverse effects. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 17, p. 273-281, 2003.
FELSBURG, P. J. Overview of immune system development in the dog: comparison with humans. Human & Experimental Toxicology, v. 21, p. 487-492, 2002.
RASHID, A.; RASHEED, K.; ASIM, M.; HUSSAIN, A.; Risks of vaccination: a review. Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases, v. 15, n. 1, p. 19-27, 2009.
REICHMANN, M. L. A. B.; É preciso vacinar; mv&z, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 6-7, 2011.
ETTINGER, S. J; FELDMAN, E. C. Textbook of Veterinary Internal Medicine. 6. ed. St Louis: Elsevier Saunders, 2005. p. 600-603; 1762-1763; 1896-1897.
LAMM, C. G; REZABEK, G., B. Parvovirus infection in domestic companion animals. Veterinary Clinics Small Animal Practice, v. 38, 2008, p. 837-850.
DECARO, N.; DESARIO, C.; ELIA, G.; MARTELLA, V.; MARI, V.; LAVAZZA, A.; NARDI, M.; BUONAVOGLIA. Evidence for immunisation failure in vaccinated adult dogs infected with canine parvovirus type 2c. New Microbiologia, v. 31, p. 125-130, 2008.
GODDARD, A.; LEISEWITZ, A. L. Canine parvovirus. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 40, p. 1041-1053, 2010.
KAPIL, S.; ALISSON, R. W.; JOHNSTON, L. ; MURRAY, S. H. ; HOLLAND, S., MEINKOTH, J.; JOHNSON, B. Canine distemper virus strains circulating among north american dogs. Clinical and Vaccine Immunology. v. 15, n. 4, p. 707-712, 2008.
ELLIS, J. A.; KRAKOWKA, A. S.; DAYTON, A. D.; KONOBY, C. Comparative efficacy of an injectable vaccine and an intranasal vaccine in stimulating Bordetella bronchiseptica-reactive antibody responses in seropositive dogs. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 220, n.1, p. 43-48, 2002.
KOBAYASHI, Y.; SUZUKI, Y.; ITOU, T.; ITO, F. H.; SAKAI, T.; GOJOBORI, T. Evolutionary history of dog rabies in Brazil. Journal of General Virology, v. 92, p. 85-90, 2011.
PAYNE, A. P.; RIDLEY, K. R.; DRYDEN, W. M.;BATHGATE, C.; MILLIKEN, A. G.; STEWART, W. P.  Efficacy of a combination febantel-praziquantel-pyrantel product, with or without vaccination with a comercial Giardia vaccine, for treatment of dogs with naturally ocurring giardiasis. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 220, n.3.p. 330-334, 2002.
ANDERSON, A. K,; BROOKS, S. A.; MORRISON, L. A.; REID-SMITH, J. R., MARTIN, W. S.; BENN, M., D; PEREGRINE, S.A. Impact of Giardia vaccination on asymptomatic Giardia infections in dogs at a research facility. Canadian Veterinary Journal, v. 45, p. 924-930, 2004.
OLSON, E. M.; HANNIGAN, J. C.; GAVILLER, F. P., FULTON, A. L. The use of a Giardia vaccine as an immunotherapeutic agent in dogs. Canadian Veterinary Journal, v. 42, p. 865-868, 2001.
MORIELLO, K. A. Treatment of dermatophytosis in dogs and cats: review of published studies. Veterinary Dermatology, v. 15, p. 99-107, 2004.
HOGENESCH, H.; DUNHAM, D., A.; SCOTT-MONCRIEFF, B. S.; GLICKMAN, T. L.; DEBOER, J., D. Effect of vaccination on serum concentrations of total and antigen-specific immunoglobulin E in dogs. American Journal of Veterinary Research, v. 63, No. 4, p. 611-616. 2002.
DAY, M. J. Infectious triggers of immune-mediated disease. World Small Animal Veterinary Association World Congress Proceedings. 2004 Disponível em: <http://www.vin.com/proceedings/Proceedings.plx?CID=WSAVA2004&Category=1251&PID=8599&O=Generic>. Acesso em 12 out. 2010.
MELLAMBY, R. J.; HOLLOWAY, A.; CHANTREY, J.; HERRTAGE, M. E.; DOBSON, J.M. Immune-mediated haemolytic anaemia associated with a sarcoma in a Flat-Coated Retriever. Journal of Small Animal Practice, v. 45, 2004, 21-24.
ORTLOFF, A.; MORÁN, G.; OLAVARRÍA, A., FOLCH, H. Membranoproliferative glomerulonephritis possibly associated with over-vaccination in a cocker spaniel. Journal of Small Animal Practice, v. 51, p. 499-502. 2010.
KOHN, B.; GARNER, M.; LÜBKE, S.; SCHMIDT, M. F. G.; BENNETT, D.; BRUNNBERG, L.; Polyarthritis following vaccination in four dogs. Veterinary Comparative Orthopaedics and Traumatology, v. 16, p. 6-9, 2003
VITALE, C. B.; GROSS, T. L.; MAGRO, C. M. Vaccine-induced ischemic dermatopathy in the dog. Veterinary Dermatology, v. 10, p. 131-142, 1999
NICHOLS, P. R.; MORRIS, D. O.; BEALE, K. M. A retrospective study of canine and feline cutaneous vasculitis. Veterinary Dermatology, v. 12, p. 255-264, 2001
VASCELLARI, M; MELCHIOTTI, E.; BOZZA, A. M.; MUTINELLI, F. Fibrosarcomas at Presumed sites of injection in dogs: characteristics and comparison with non-vaccination site fibrosarcomas and feline post-vaccinal fibrosarcomas. Journal of Veterinary Medicine. v. 50, p. 286-291, 2003.
HARRUS, S.; WANER, T.; AIZEMBERG, I.; SAFRA, A.; MOSENCO, M.; RADOSHITSKY; BARK, H. Development of hypertrophic osteodystrophy and antibody response in a litter of vaccinated weimaraner puppies. Journal of Small Animal Practice, v. 43, 27-31, 2002
STRASSER, A.; MAY, B.; TELSCHER, A.; WISTRELA, E.; NIEDERMÜLLER, H. Immune modulation following immunization with polyvalent vaccines in dogs. Veterinary Immunology and Immunopathology, v. 94, p. 113-121, 2003.
PHILLIPS, T.; JENSEN, J. L.; RUBINO, M. J.; YANG, W. C.; SCHULTZ, R. Effects of vaccines on the canine immune system.Canadian Journal of Veterinary Research., v. 53, p. 154-160, 1989.
BIAZZONO, L.; HAGIWARA, M, K.; CORRÊA, A, R. Avaliação da resposta imune humoral em cães jovens imunizados contra cinomose contra vacina de vírus atenuado. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science., São Paulo, v. 38, n. 5, p. 245-250, 2001. <disponível em: http://www.scielo.br/pdf/bjvras/v38n5/9716.pdf>
BENITES, N. R.; MELVILLE, P. A. Utilização de Silicea em processos dermatológicos pós-vacinais. Cultura Homeopática. v. 3, n. 6, p. 14-16, 2004.
SCOTT-MONCRIEFF; C. J.; OLIVERA-AZCONA, J.; GLICKMAN, N. W.; GLICKMAN, T. L. Evaluation of antithyroglobulin antibodies after routine vaccination in pet and research dogs. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 221, n. 4, p 515-521, 2002.
DODDS, W. J. The immune system and disease resistance. Disponível em: <http://naturalk9.com/PDF/The%20Immune%20System%20and%20Disease%20Resistance%20-%20Dr.pdf>. Acesso em: 15 de set de 2010, 08:38:15.
DODDS, W. J. Clinical approaches to managing and treating adverse vaccine reactions. Disponível em: <http://www.iwclubofamerica.org/Health/Notes_Vaccine_Issues.pdf>. Acesso em: 10 out. 2010.
DODDS, W. J. Vaccine protocols for dogs predisposed to vaccine reactions. Disponível em: <www.cavaliers.co.uk/articles/vaccineprotocols.pdf>. Acesso em 02 de out. de 2010, 11:50:45.
NUNES, C. M.;LIMA, V. M. F.; PAULA, H. B.; PERRI, S. H. V.; ANDRADE, A. M.; DIAS, F. E. F.; BURATTINI, M. N.; Dog culling and replacement in an area endemic for visceral leishmaniasis in Brazil. Veterinary Parasitology, v. 153, p. 19-23, 2008.
DECARO, N.; DESARIO, C.; ADDIE, D. D.; ELIA, G.; ZICOLA, A.; DAVIS, C.; THOMPSON, G.; THIRY, E.; TRUYEN, U.; BUONAVOGLIA, C. Molecular epidemiology of canine parvovirus, Europe. Emerging Infectious Diseases, v. 13, n.8, p 1222-1224, 2007.
MEYER, D.J; COLES, EMBERT, H.; RICH, L. J. Medicina de Laboratório Veterinária. Interpretação e Diagnóstico. São Paulo: Roca, 2003, p. 263 – 264.
Vacinação contra raiva é suspensa em todo o país. Folha de São Paulo online. Disponível em< http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/811539-vacinacao-contra-raiva-e-suspensa-em-todo-o-pais.shtml> Acesso em 22 de janeiro de 2011.
HENDRICK, M. J.; GOLDSCHMIDT, M. H. Do injection site reactions induce fibrosarcomas in cats? Journal of the American Veterinary Medical Association. 1991. 73- DUVAI, D.; GIGER, U. Vaccine-associated immune-mediated hemolyttic anaemia in the dog. Journal of Veterinary Internal Medicine. V. 10, p. 290-295, 1996.
HOGENESCH, H., AZCONA-OLIVERA, J.; SCOTT-MONCRIEFF, C.; SNYDER, P. W.; GLICKMAN, L. T. Vaccine-induced autoimmunity in the dog. Advances in Veterinary Medicine, v. 41, p. 733-744, 1999.
SMITH, C. A. Are we vaccinating too much? Journal of American Veterinary Medical Association, 207(4), p. 421-425, 1995.
Site Synbiotics: http://www.synbiotics.com/Products/CompanionAnimals/Canine/CRF.html Acesso em: 8 de abril de 2011.

Um comentário

  1. João Pedro Martins
    28 de fevereiro de 2015
    Responder

    Olá Dr. Sylvia Angélico.
    Me identifiquei muito com a historia da “pretinha” Polly pois em setembro do ano adotei um cão-zinho filhote de vira-lata e batizei ele como pretinho. Na verdade eu não tinha nenhuma intenção de adotar ou comprar um cachorro, foi um acaso do destino que colocou o pretinho na minha vida, ele estava MUITO mal, achavamos que ele ia morrer a qualquer momento, ele estava com demodécica, anemia, com a pata quebrada, infecção na pele, se coçando muito e causando feridas e ainda por cima com bixeira ! estava bem pior que a polly.
    Resumindo… Até hoje ele sofre com a sarna e a infecção na pele, já levei ele na pet, já fiz tratamentos que deram certo mas sempre ele tem recaídas e a doença acaba voltando mais forte. Estou completamente sem saber oque fazer e vim na internet procurar ajuda. Gostaria muito que a Dr. me ajudasse pois estou sozinho nessa, sou estudante e tenho apenas 19 anos, não tenho apoio da família nem amigos (apenas no começo fui ajudado com doações). Tenho ele como um filho, e estou disposto a fazer oque estiver no meu alcance para ajuda-lo a lutar pela vida!
    Me add no Whatsapp ou mande um email, por favor! preciso de algum tratamento eficaz e duradouro. posso fornecer fotos e outras informações tambem, desde já eu agradeço, obrigado!!

    Contatos:
    Celular: (71) 8800-2397oi/ whatsapp
    (71) 9413-7567tim
    (71) 3285-5079 fixo
    Email: joaopedro95.s3@gmail.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *